quarta-feira, 29 de outubro de 2014

O GATO QUE VEIO DO FRIO 🐈💕


O Gato que Veio do Frio de Jeffrey Moussaieff Masson conta a história de Billi que, como todos os gatos, adora a sua independência.
Vagueia pelos campos da Índia desfrutando uma sensação de liberdade e não pertencendo a ninguém. Mas a época das monções, quando o céu fica muito escuro e vêm as chuvas, chegou e aproxima-se o Diwali, a Festa das Luzes. Numa altura em que todos anseiam por estar em casa com a família e os amigos, Billi está sozinho e... solitário.

Questionando-se incessantemente sobre como seria viver com os humanos, parte à descoberta da resposta. Pelo caminho encontra diversos animais, junto dos quais vai obtendo diferentes perspectivas sobre o seu relacionamento com os humanos. 

No meio de um turbilhão de ideias, Billi acaba por conhecer duas crianças que, ao contrário do que pensava, não estranham a sua presença. O afecto que surge entre eles faz nascer uma relação tão intensa que irá mudar por completo a sua vida. 

Com o seu inimitável dom de contador de histórias e a sua capacidade ímpar de penetrar na mente dos animais, Jeffrey Masson capta o mundo interior de Billi - a sua altivez, a sua malícia e, por fim, a sua nova perspectiva sobre a ligação entre os humanos e os outros felinos.

terça-feira, 28 de outubro de 2014

CÃO FEDORENTO



Grimmy, o Cão Fedorento, de Mike Peters é absolutamente fantástico e divertido, todos sabemos que as famílias alternativas é que estão a dar, mas esta família alternativa dá-nos uma mãe Gansa e um filho Cão?!

Habituem-se. Nesta tira, nada é normal. Grimmy, o cão, não é propriamente o cão-mauzinho-e-espertalhaço-que-tem-um-amigo-gato-com-quem-se-dá-como-cão-e-gato... ou melhor, é, também é, mas é muito mais que isso. Grimmy tem objectivos próprios, que nunca coincidem com os do gato Átila, e nem sempre coincidem com os da mãe, ou melhor, dona, ou antes, dona a quem chama mãe. A tal gansa.

Grimmy é um daqueles tipos que nunca se aborrece com o que a vida lhe traz porque quando não gosta manda para trás... Grimmy é um daqueles tipos que gostaríamos de ser, se não fosse termos de nos transformar em cão. E dá-se ao luxo, de vez em quando, de se baldar à tira e não aparecer, dando lugar a personagens secundárias como Drácula, o Super-Homem, o Robin dos Bosques, ou mesmo Zeus, que parodiam alguns dos filmes mais conhecidos do mundo.

Mike Peters já tinha ganho o Prémio Pulitzer e com esta banda desenhada, as tiras do Grimmy venceu um Prémio Reuben.

quarta-feira, 22 de outubro de 2014

O BOM, O MAU E O PELUDO


O Bom, o Mau e o Peludo de Tom Cox conta as aventuras do gato mais melancólico do mundo e de outros amigos com bigodes.

O Urso, é o melancólico gato que transporta o peso do mundo sobre os seus ombros peludos e cujos olhos sábios e semelhantes aos de um mocho parecem perguntar, por favor, podes dizer-me porque é que sou um gato? 

Tal como muitos intelectuais, o Urso teria preferido uma vida calma de solidão com imenso tempo para contemplar desoladamente o mundo e refletir sobre os males da sociedade. 

Lamentavelmente, está condenado a passar os seus dias rodeado de felinos com QI significativamente inferiores ao seu :) Ralph, um tigrado belo e vaidoso, que morre de medo do estendal da roupa, Shipley, um rufia malcriado e campeão da caça aos ratos, que fica insensível quando virado de cabeça para baixo, Roscoe, uma gatinha ferozmente independente, atormentada pela sua sósia no espelho e, depois, há o Tom, que escreve com a graça e encanto muito próprios sobre as inesperadas aventuras inerentes a uma vida à inteira disposição de quatro gatos... ou três gatos e um poeta sensível que, por acaso, tem trinta centímetros de altura e está coberto de pêlo.

sábado, 11 de outubro de 2014

UM PATO, UMA GATA E UM CÃO


Estas tiras de Kevin Fagan são de morrer a rir, por cá só estão editados dois livros Criei um Monstro e Polícias, Patos e Cabeças de Alho Chocho.
Imaginem uma família doida, em que o pai é um bronco e só pensa em comer, o filho mais velho é possivelmente a pessoa mais burra do universo e a bicharada da casa é inteligentíssima e muito divertida, eles são o pato Bob, que o pai julga ser uma ave rara, a gatinha Oogie e o cão Willy.
De morrer a rir!!!!

sexta-feira, 10 de outubro de 2014

CÃO RAFEIRO


Cão Rafeiro de Stephen Michael King, é a história de todos os cães de rua, ele é (como todos são) destemido, rápido, meigo e esperto, mas está sozinho, ninguém o alimenta, ninguém o quer, ninguém gosta dele, até que um dia tudo muda.

Cão Rafeiro é um livro ternurento, para todos e para todas as idades. As ilustrações, também do autor, são muito bonitas e, assim como a história, derretem o coração!

quinta-feira, 9 de outubro de 2014

PEEKABOO 🐈💕


Quem gosta de gatos, tem de ler as tiras do Pat Brady, a gatinha Peekaboo é estrela em muitas delas e é deliciosa!!! O Pat Brady é, na minha opinião, um dos melhores cartoonistas de sempre, é absolutamente ternurenta a sua visão do mundo, da família e dos animais...e a visão que os animais (vistos por Brady) têm de nós é maravilhosa!!!

quarta-feira, 8 de outubro de 2014

OOGY, UM CÃO QUE SÓ UMA FAMÍLIA PODERIA AMAR 🐕💕


O livro Oogy, Um Cão Que Só Uma Família Poderia Amar de Larry Levin conta a história de Oogy, um cachorro usado como isco que sobrevive contra todas as probabilidades. Larry e os filhos Noah e Dan levaram o gato Buzz, de 17 anos, ao hospit
al veterinário, naquela que seria a derradeira visita de Buzz ao médico veterinário; uma equipa do hospital tinha levado Buzz para exames, quando um cachorro aparece, vindo de um dos consultórios, tinha um ar feliz, descontraido, toda a parte esquerda da sua cabeça parecia que tinha encolhido e apenas restava uma grande cicatriz, o cachorro dirigiu-se a Larry e aos seus filhos e encheu-os de lambidelas e eles apaixonaram-se por ele naquele preciso momento; um dos filhos de Larry disse que parecia que a vida sai por uma porta (o gato Buzz) e entra por outra (o cachorro Oogy).

Oogy tinha apenas 10 semanas de vida e pesava apenas 9 quilos quando foi preso a uma estaca e usado como isco de um Pit Bull. A parte esquerda da sua cabeça, incluindo a orelha, foi arrancada, foi mordido com tanta força que uma parte do seu maxilar foi esmagada. Depois foi atirado para dentro de uma boxe para sangrar até morrer. Foi encontrado pela polícia que efectuava uma rusga ao local onde se encontrava e levado de urgência para um hospital veterinário nos arredores de Filadelfia (EUA), onde a directora do hospital, Diane Klein, se recusou a deixá-lo morrer, foi então operado pelo médico veterinário, James Bianco, numa cirurgia que demorou muitas horas, as hemorragias foram travadas, uma transfusão de sangue foi efectuada e centenas de pontos foram cosidos. Contra todas as probabilidades o Oogy sobreviveu.
As semanas que se seguiram foram de recuperação, James Bianco, o médico veterinário que seguia Oogy, diz que nunca tinha visto um cão tão feliz como ele.



Continuo a não perceber como é possível o ser humano ser tão vil e cobarde, como é possível que se usem cães para lutas, como é possível haver alguém capaz de o fazer, capaz de assistir, capaz de não denunciar? Esta história passou-se nos Estados Unidos da América, mas quantos Oogys há neste momento em Portugal? Como é possível compactuar com uma selvajaria destas?

terça-feira, 7 de outubro de 2014

O MUNDO DE GARFIELD 🐈💕



Neste livro estão reunidas mais de 850 tiras humorísticas, publicadas pela primeira vez em Portugal, com a assinatura inconfundível de um dos cartoonistas mundialmente mais aclamado em todo o mundo – o norte americano Jim Davis. Garfield é um felino muito especial – adora lasanha, não dispensa o seu café diário, dorme até tarde, detesta segundas-feiras, odeia dietas e adora fazer a vida negra ao seu dono Jon e arreliar Odie, o cão. Uma leitura obrigatória para quem aprecia um momento irresistível de pura diversão!

Vale a pena, eu ri-me imenso, o Garfield é fantástico!!!

segunda-feira, 6 de outubro de 2014

CÃO ACORRENTADO É UM CÃO MALTRATADO

"Todos os dias, a caminho da escola, esta criança pára/E dá-me um biscoito/Mas, mais do que isso/Olha-me nos olhos/E afaga-me as orelhas/E por uns segundos/   /Sou livre." 
(Mutts de Patrick McDonnell)

Se não gostava de passar toda a vida preso a uma corrente, não tenha o seu cão acorrentado, se não tem condições para o ter, não tenha.

UM CÃO ACORRENTADO É UM CÃO MALTRATADO

MARLEY E EU


Marley e Eu de John Grogan é a uma história autobiográfica que começa quando os recém casados John e Jenny, ambos jornalistas, mudam para a Florida e compram um cachorro, da raça Labrador, "uma bola de pêlo amarelo em forma de cachorro", que baptizam de Marley e que em poucos meses se transforma num cão de 43 quilos. 

Pessoalmente não apreciei o estilo de escrita deste livro. Existe o filme com o mesmo nome, que é, na minha opinião, bastante melhor do que o livro em que se baseia.

sábado, 4 de outubro de 2014

FELIZ DIA DO ANIMAL


Celebra-se hoje, dia 4 de Outubro, o Dia do Animal, que não deveria ser esquecido nos outros dias restantes do ano.
Passe um óptimo dia junto dos seus animais, junto dos animais de uma associação, dos de rua ou de um canil, todos precisam, cada gesto tem importância.

sexta-feira, 3 de outubro de 2014

MUTTS


Mutts (que se pode traduzir como rafeiros) é nome de uma fantástica banda desenhada, criada por Patrick McDonnell, em 1994; as suas tiras contam-nos as inúmeras aventuras e desventuras de diversos animais, tendo como protagonistas o gato Mooch e o cão Earl.

McDonnell inspirou-se no seu próprio cão, Earl claro está, para desenhar e escrever esta fabulosa banda desenhada. Earl morreu em 2007 com 19 anos.

Há tiras exclusivamente dedicadas aos animais que vivem nos abrigos e aos seus voluntários, é por isso mais uma razão para se ler estas magníficas tiras, recheadas de humor e de lições de vida.
O autor é membro de diversas organizações de defesa dos animais, defendendo a adopção de cães e gatos nos abrigos. É ainda membro do Conselho de Administração da prestigiada Humane Society of the United Sates.

Desta divertidíssima banda desenhada fazem parte livros como Mutts I, Mutts II - Cães e Gatos, Mutts III "Mais Coijas" ou Mutts IV - Shim. 

Na página oficial do Mutts também se podem ler e ver várias tiras (apenas em inglês) e saber mais sobre o autor.

São livros que encantam e que viciam pela sua simplicidade e graça: a não perder!

quinta-feira, 2 de outubro de 2014

A PAIXÃO DE CÉSAR



A Paixão de César de Cesar Millan e Melissa Joe Peltier é um livro "obrigatório" para todos os que têm cães, neste livro, assim como na série televisiva Dog Whisperer With Cesar Millan/O Encantador de Cães, Cesar ensina-nos como melhor lidar, educar e, sobretudo, a fazer o/s nosso/s cão/ães mais felizes.

Cesar nasceu no México e foi aí que, observando os cães nas suas matilhas, aprendeu como se pode disciplinar e educar um cão, percebendo em primeiro lugar o que necessita esse cão, pondo sempre de parte a disciplina agressiva e reafirmando a necessidade que um cão tem de exercício e de um dono que deve ser um líder de matilha firme.
Cesar é muito mais do que treinador de cães, é, de facto, um encantador de cães. O seu método assenta numa peculiar capacidade de penetrar na psicologia dos cães. A fórmula de Cesar para cães equilibrados e felizes parece absurdamente simples: exercício, disciplina e afecto; por esta ordem.
Revelando aos leitores as bases da psicologia e do comportamento caninos, Cesar partilha connosco os pormenores íntimos de alguns dos seus mais fascinantes casos ilustrando, assim, como os problemas de comportamento mais comuns se desenvolvem e, mais importante, como podem ser corrigidos.

Do México, Cesar emigrou para os Estados Unidos da América onde é o mais requisitado dos especialistas em comportamento canino dos EUA, tendo como pacientes os cães de Oprah Winfrey, Nicolas Cage, Will Smith e de dezenas de outras celebridades de Hollywood. 

Caso tenha problemas com o seu cão, ou queira apenas tornar mais forte a vossa relação, este livro dar-lhe-á uma perspectiva aprofundada de como o seu fiel amigo vê o mundo e ajudará a tornar mais rica e gratificante a vossa relação.
Construa uma relação positiva e gratificante com o seu companheiro de quatro patas, este livro vai ajudá-lo a ver o mundo através dos olhos do seu cão, para que o possa amansar, corrigir vícios e maus hábitos.

Pode aprender:
- O que o seu cão precisa pode não ser aquilo que está a dar-lhe
- O instinto natural do seu cão é a chave do vosso relacionamento
- Como relacionar-se com o seu cão a um nível canino
- Não há «raças problema», mas apenas donos problema
- Todos os cães precisam de uma actividade
- Como escolher o cão que lhe convém, a si e à sua família
- A diferença entre disciplina e punição
- E muito mais!

A série televisiva O Encantador de Cães passa no National Geographic Channel e, na Sic.

quarta-feira, 1 de outubro de 2014

ODE AO GATO DE NERUDA

Ode Ao Gato de Pablo Neruda

Os animais foram 
imperfeitos, 
compridos de rabo, tristes 
de cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça, voo.

O gato,
só o gato
apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.
O homem quer ser peixe e pássaro
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato
do bigode ao rabo,
do pressentimento à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.

Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma coisa só
como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e subtil é como
a linha da proa
de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogara as moedas da noite

Oh pequeno
imperador sem mundo,
conquistador sem pátria
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.

Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma
na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertence
ao habitante menos misterioso,
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gatos, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos
do seu gato.

Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica,
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casaca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos tem números de ouro.

(Navegaciones y Regresos, 1959)

ODE AO GATO



Os animais foram
imperfeitos,
compridos de rabo, tristes
de  cabeça.
Pouco a pouco se foram
compondo,
fazendo-se paisagem,
adquirindo pintas, graça vôo.
O gato,
só o gato apareceu completo
e orgulhoso:
nasceu completamente terminado,
anda sozinho e sabe o que quer.




O homem quer ser peixe e pássaro,
a serpente quisera ter asas,
o cachorro é um leão desorientado,
o engenheiro quer ser poeta,
a mosca estuda para andorinha,
o poeta trata de imitar a mosca,
mas o gato
quer ser só gato
e todo gato é gato do bigode ao rabo,
do pressentimento  à ratazana viva,
da noite até os seus olhos de ouro.

Não há unidade
como ele,
não tem
a lua nem a flor
tal contextura:
é uma  coisa
só como o sol ou o topázio,
e a elástica linha em seu contorno
firme e sutil é como
a linha da proa de uma nave.
Os seus olhos amarelos
deixaram uma só
ranhura
para jogar as moedas da noite .

Oh pequeno imperador sem orbe,
conquistador sem pátria,
mínimo tigre de salão, nupcial
sultão do céu
das telhas eróticas,
o vento do amor
na intempérie
reclamas
quando passas
e pousas
quatro pés delicados
no solo,
cheirando,
desconfiando
de todo o  terrestre,
porque tudo
é imundo
para o imaculado pé do gato.

Oh fera independente
da casa, arrogante
vestígio da noite,
preguiçoso, ginástico
e alheio,
profundíssimo  gato,
polícia secreta
dos quartos,
insígnia
de um
desaparecido veludo,
certamente não há
enigma na tua maneira,
talvez não sejas mistério,
todo o mundo sabe de ti e pertences
ao habitante menos misterioso
talvez todos acreditem,
todos se acreditem donos,
proprietários, tios
de gato, companheiros,
colegas,
discípulos ou amigos do seu gato.

Eu não.
Eu não subscrevo.
Eu não conheço o gato.
Tudo sei, a vida e o seu arquipélago,
o mar e a cidade incalculável,
a botânica
o gineceu com os seus extravios,
o pôr e o menos da matemática,
os funis vulcânicos do mundo,
a casca irreal do crocodilo,
a bondade ignorada do bombeiro,
o atavismo azul do sacerdote,
mas não posso decifrar um gato.
Minha razão resvalou na sua indiferença,
os seus olhos têm números de ouro.

Ode ao Gato, Pablo Neruda (Navegaciones y Regresos, 1959)

ENTRA EM VIGOR A LEI QUE CRIMINALIZA MAUS TRATOS E ABANDONO


Entra hoje, dia 1 de Outubro de 2014, em vigor a Lei n.º 69/2014 de 29 de Agosto, que altera o código penal, criminalizando os maus tratos a animais de companhia.

A lei prevê que:

"Quem, sem motivo legítimo, infligir dor, sofrimento ou quaisquer outros maus tratos físicos a um animal de companhia é punido com pena de prisão até um ano ou com pena de multa até 120 dias".

Se dos maus tratos resultar a morte do animal de companhia, "a privação de importante órgão ou membro ou a afectação grave e permanente da sua capacidade de locomoção, o agente é punido com a pena de prisão até dois anos ou com pena de multa até 240 dias".

Em caso de abandono, está prevista uma "pena de prisão até seis meses de prisão ou com pena de multa até 120 dias".